A construção de sorrisos como uma escolha para a vida
Se tem uma coisa que, sempre que posso, eu faço com muita alegria é falar sobre Saúde. Quando o convite é falar sobre a Saúde como um caminho profissional, então, eu acho encantador! Tive essa oportunidade no início do último mês (junho). Junto com outros profissionais da área de Biomédicas, participei de uma mesa redonda voltada para os alunos do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), na unidade de Cariacica, no último dia 7.
Senti-me imensamente feliz ao falar com aqueles jovens, pois também tive uma formação técnica, antes de entrar para a faculdade. Cursei três anos de Agrimensura, na antiga Escola Técnica Federal do Espírito Santo (Etefes, que hoje é o Ifes).
Ser convidada para esse evento me levou a algumas reflexões, que quero deixar registradas aqui neste nosso blog – onde sempre busco chamar atenção para o papel social da Odontologia.
Um ponto em que todos os profissionais que estiveram presentes no evento concordaram é o de que uma escola como o Ifes não forma apenas técnicos. Ao preparar profissionalmente tantos adolescentes, há ali também um importante componente da preparação de um cidadão, com sentidos éticos e valores que deverão ser levados para uma vida inteira, independentemente das carreiras que possam vir a seguir.
Eu escolhi a Odontologia. Mas fui sempre levando comigo muito do sentido de meticulosidade e de precisão do meu período de formação tecnológica. Pois, desde logo, a gente aprende que a técnica, o conhecimento e a perícia em tudo o que fazemos estão à serviço da eficiência e da segurança para usufruto do SER HUMANO.
Afinal, no fim das contas, seja em que área for, não podemos perder de vista NUNCA que o nosso trabalho, de alguma forma, sempre impacta a vida de pessoas!
O que nos leva a escolher uma determinada profissão jamais atende (ou deveria atender) só a critérios “frios”, como saber se o mercado está ou não aquecido em uma determinada área, o fato de uma carreira estar ou não em alta, na moda, dar status, etc.
Existe sempre aquele “algo mais” que nos impele para alguma profissão, aquilo que nos faz brilhar os olhos e sentir que, ali sim, podemos fazer a diferença para o mundo – ou, pelo menos, para cada pessoa que atendemos e cuja vida conseguimos melhorar, de alguma forma.
Na conversa com os jovens, acabei por me recordar de que na minha primeira infância, lá em Vila Valério, cidadezinha do Norte do Estado, eu ficava com minha avó e, às vezes, “sumia” de casa… Era sempre encontrada sentadinha, esperando no gabinete odontológico (era assim que chamava antigamente) do Dr. Davi Penitente, que, pacientemente, assim que podia, me “atendia” e jogava uma aguinha na minha boca. Dali eu ia embora, feliz da vida, depois da “consulta”.
Mais tarde vim para Vitória, a fim de seguir os estudos. Um dia, visitei a Etefes e me encantei com toda aquela infraestrutura e o clima alegre. Quis estudar ali. Quis realmente fazer um curso técnico, antes de seguir para a faculdade…Prestei prova e passei.
Como é normal nessa fase da vida, ao longo do meu ensino médio, eu cheguei a cogitar outros cursos. Já fazia Agrimensura, então, fazer Engenharia ou Arquitetura seria um caminho natural bastante interessante, pois eu também gostava de projetos, ambientações, etc…
Porém, na hora de tomar a decisão do vestibular, algo ali no coração daquela menininha de Vila Valério falou mais alto, e eu optei pela Odontologia. Passei e fui aprender a construir sorrisos. Hoje me orgulho muito das minhas obras e de todo esse caminho que me trouxe até aqui!
Marlei Bonella,
periodontista e implantodontista.
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Mesa de profissionais da Area de Bimedicas: Tatiana Resende, farmacêutica, patologista e professora da UVV; Marlei Bonella, periodontista, implantodontista e diretora clínica do IOS – Odontologia; Bruna Helaine, fisioterapeuta; Iev Blanco Silva, psicólogo; Yasmim Duarte Acha Moisés, clinica geral; Juliana Zorzal Biancardi, farmacêutica; Bruna Fardin Pagoto, clínica geral.
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