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Grávidas precisam ir regularmente ao dentista




Durante uma gestação, todos sabem da importância de um acompanhamento pré-natal bem feito, para que tudo corra bem com a saúde da mamãe e do bebê em desenvolvimento. Mas o que muitos desconhecem é que os cuidados odontológicos também precisam ser especiais nessa fase.

Inflamações e infecções gengivais (saiba mais aqui sobre a doença periodontal) na mãe podem colocar em risco a saúde do feto, elevando o risco de bebês nascerem com baixo peso e prematuros. Entre os especialistas, esse fato acende um sinal de alerta, pois, estatisticamente, o percentual de ocorrências de gengivite entre gestantes é alto: atinge cerca de 75% das pacientes, independentemente do nível sócio-econômico ou cultural.


A grande incidência de problemas gengivais na gravidez ocorre devido à combinação de alguns fatores. O primeiro deles está relacionado às alterações hormonais naturais que ocorrem durante a gravidez e que tendem a se refletir nas gengivas – estruturas naturalmente sensíveis aos níveis de hormônios, principalmente a progesterona -, havendo pacientes especialmente suscetíveis a essas reações, em diversas fases da vida, como puberdade, menopausa ou o próprio ciclo menstrual.


Soma-se a isso o fato de grande parte das pessoas ainda acreditar que pequenos sangramentos gengivais durante a escovação ou na hora de passar o fio dental é algo normal (e NÃO é!) e de ainda não termos disseminada uma cultura de acompanhamento odontológico pré-natal em nossa população. No IOS, as periodontistas Marlei Bonella e Janine Fernandes realizam esse tipo de atendimento, diminuindo para praticamente zero o índice de pacientes gestantes que apresentam complicações na saúde gengival.


Outras situações às quais as grávidas estão especialmente exposta são: maior possibilidade de erosão dos dentes, por ácidos dos fluidos estomacais (devido aos enjoos matinais ou quando o refluxo esofágico é grave, envolvendo vômitos repetidos), xerostomia (boca seca) ou, então, sialorréia (salivação em excesso) – embora esse quadro seja mais raro.



De acordo com a Dra. Marlei, o ideal é que a primeira consulta odontológica de acompanhamento pré-natal seja feita assim que a mulher tem a confirmação da gravidez. Mesmo que as suas consultas semestrais ao dentista estejam em dia, as mudanças que acontecem no organismo no primeiro trimestre da gestação já podem impactar a saúde bucal, podendo ser necessários alguns procedimentos profiláticos.


Caso a mulher esteja há algum tempo sem ir ao dentista ou caso exista alguma queixa pontual significativa, como dor, sangramento gengival e/ou aumento da sensibilidade dentária, a dentista recomenda a realização de um check-up odontológico digital – exame realizado em consultório, com uma câmera de alta definição, capaz de aumentar em até 60 vezes a visibilidade das estruturas bucais, permitindo diagnósticos bastante assertivos, algumas vezes sem nem mesmo a necessidade de realização de radiografias.


Após a primeira consulta e a avaliação geral do estado de saúde bucal, o dentista indicará a frequência de retorno ideal até o final da gravidez. O recomendável, normalmente, é que o acompanhamento periódico ocorra pelo menos até o sétimo mês da gestação.

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